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4 de jan. de 2015

Resenha : Proibido de Tabitha Suzuma

Editora: Valentina
Páginas: 304
Lançamento: 2014

“ Todo mundo tem direito de fazer o que quiser, expressar seu amor como bem entender, sem medo de assédio, ostracismo, perseguição ou mesmo a lei. Até relacionamentos emocionalmente violentos ou adúlteros costumam ser tolerados, apesar do mal que causam aos outros.  Na nossa sociedade progressiva e permissiva, todos esses tipos de ‘amor’ daninho e doentios são permitidos –mas não o nosso. Não consigo pensar em nenhum outro tipo de amor que seja tão  unanimemente rejeitado, embora o nosso seja profundo apaixonado, generoso e forte a tal ponto que uma separação forçada nos causaria uma dor intolerável. Estamos sendo punidos  pelo mundo por uma e simples razão: o fato de termos sido gerados pela mesma mulher.”


 Lochan é um jovem de dezessete anos brilhante, desajustado e muito responsável. Maya é uma garota de dezesseis anos sensível, determinada e extrovertida. Os dois estão completamente apaixonados, mas uma coisa fica no caminho do amor dos dois: eles foram gerados pela mesma mulher.
                         
O livro vai contar a história dos irmãos Lochan e Maya, que desde muito cedo tiveram que assumir o papel de “pais” de seus três irmão mais novos: Willa, Tiffin e Kit  no lugar de sua mãe alcoólatra e negligente. Devido ao sofrimento e grande responsabilidade dos dois, eles sempre tiveram uma amizade muito forte e próxima,  que com o tempo transformou em um grande amor.

“ Não há leis nem limites para sentimentos. Nós podemos nos amar tanto e tão profundamente quanto quisermos. E ninguém, Maya, ninguém vai poder jamais tirar isso de nós.”

Escrito em primeira pessoa, mas intercalando os pontos de vista dos dois personagens , Tabitha Suzuma nos faz mergular em uma história proibida e muito tocante. A narrativa é simples, mas extremamente bem estruturada. Apesar de tratar de um tema complexo e denso eu não consegui largar o livro, estando sempre ansiosa para saber os próximos acontecimentos da história.

Desde o inicio da leitura, eu senti empatia pelos dois personagens e pela sua situação delicada. Lochan foi o personagem ao qual tive uma sintonia e identificação imediata, principalmente devido  sua personalidade e o fato de que sendo o filho mais velho,  ter uma responsabilidade maior na família.

“Mesmo à noite, quando abraço o travesseiro e olho por entre as cortinas abertas, não me permito ceder, porque, se fizesse isso, eu não me levantaria mais.”

Essa foi a primeira obra para jovens adultos que eu leio e trata de incesto consensual. Confesso, que ao contrário da maioria das pessoas e do que eu mesma esperava , não senti nojo  ou repulsa do relacionamento dos personagens , na verdade eu torcia para que os personagens superassem os obstáculos e pudessem enfim ficar juntos.

Essa história de amor não é só um grande tabu, mas também é considerada crime no Reino Unido, que é onde se passa a história. Intrigada por esse assunto, eu pesquisei sobre o parecer da legislação brasileira sobre esse assunto e fiquei surpresa o descobrir que não temos nenhuma lei criminalizando o incesto consensual.
  
É importante lembrar que Tabitha faz também outras reflexões  importantes nessa obra.  Ela nos faz pensar sobre definição de família, preconceitos, amor e limites da sociedade. Enfim, se você procura um livro com uma temática difícil, personagens cativantes e uma leitura que vai  te levar a questionar seus valores, eu recomendo muito esse livro. 

“Você pode fechar os olhos para as coisas que não quer ver, mas não pode fechar o coração para as coisas que não quer sentir”.



2 comentários:

  1. Quero muito ler esse livro, a premissa me chamou muito a tenção. Adorei a sua resenha.

    entrelinhasalways.blogspot.com.br

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    Respostas
    1. O livro é ótimo e a premissa muito interessante.
      Quando puder, leia!
      Bjs

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